Não sou desses que vivem um eterno teatro, onde esquecem que nem sempre o espetáculo não prenderá o olhar do público. Também não sou daqueles de prestar atenção ao besteirol dos comerciais, onde a força do hábito me leva a crer que todos eles querem me ludibriar, mostrando a belaza até do que é infinitamente feio.
Por outro lado, tenho comtemplado a vida de forma distinta do que via antes. Agora nem vejo tanta coisa, mas ouço sons que me elevam aos pensamentos mais sinceros. E nessa atenção redobrada aos ouvidos acabei por sentir algo interessante.
A idéia é a rotina do papel
O céu é a rotina do edifício
O inicio é a rotina do final
A escolha é a rotina do gosto
A rotina do espelho é o oposto
A rotina do perfume é a lembrança
O pé é a rotina da dança
A rotina da garganta é o rock
A rotina da mão é o toque
Julieta é a rotina do queijo
A rotina da boca é o desejo
O vento é a rotina do assobio
A rotina da pele é o arrepio
A rotina do caminho é a direção
A rotina do destino é a certeza
Toda rotina tem a sua beleza.
(Daniel Mattos e Paulo Leite)
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
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