Fim de férias

Fim de férias, último período de faculdade de Direito, o retorno ao trabalho no escritório e o meu total desconforto de ter que acordar cedo para laborar. É assim que vejo o contexto atual.

Eu, como pessoa acomodada que sou, relutei um pouco para viajar de férias, face ao impasse de sempre ter que deixar de festejar com os amigos e namorada o período das férias para ter de me transportar para a casa dos meus pais onde ficaria sem muito que fazer, posto que trabalham o dia inteiro e acabo ficando trancado em casa.

Contudo, após muitos pensamentos, decidi que dessa vez seria diferente, resolvi impor certas restrições a mim mesmo caso viajasse para o lá. Se trafegasse, não me prenderia à vida paralela de João Pessoa e para resolver esse problema somente uma solução: ocupação. Com qualquer ocupação que realmente me entretivesse acabaria sem buscar notícias de João Pessoa diariamente, o que me faria vivenciar um pouco das férias na casa dos meus pais.

Tomada a decisão de viajar, logo que cheguei às terras maranhenses, fiz de logo a inscrição numa academia de musculação, onde prometi a mim mesmo que não faltaria um dia sequer. Desta forma estaria ocupado durante o período da manhã. E quanto aos períodos da tarde e noite, como eu deveria fazer?

A solução seria a mesma: ocupação. Passei a descansar após o almoço e estudar um pouco, em seguida iniciei os passeios com o cachorro sempre que o sol começava a se despedir. Com isso ganhei tempo de forma otimizada, onde fiquei com o corpo descansado e a mente tranqüila.

No período da noite, passei a priorizar os momentos com meus pais, posto que com a distância a saudade se torna sempre incômoda. Isso deixou espaço para demonstrar para meus pais e irmã o sentimento que tenho por eles, tratando-os com muita atenção, respeito e carinho. As decisões tomadas foram sim corretas, onde acabei por gostar bastante do período das férias com meus pais, fazendo jus às últimas férias de universidade.

Expectativas x probabilidades

Após muito tempo sem passar por aqui, venho escrever, acho que por medo de excluírem minha conta...ou até mesmo por vontade de externar alguns posteriores escritos de monografia, meus pensamentos...

Pois é... monografia... fim de curso... começo de uma nova vida, condição que me sinto extremamente inseguro, uma vez que nunca me deparei com tal situação. Medo? Acredito esse sentimento ainda não descreve essa angustia. É algo que vai além! Meu senso de responsabilidade está em alta! Sede de estudar, acumular outros conhecimentos, escrever um pouco, ler sempre mais.

Por outro lado, a vontade de viver esta nova etapa me consome, a ansiedade é tremenda. Novo modo de vida, apesar de muitas cobranças por minha parte, é gritante a vontade de por para fora todo o aprendizado acumulado ao longo dos cinco anos de curso.

Muitas perspectivas, e o temor de está simplesmente pensando alto... De estar “pisando nas nuvens” são os pensamentos que fazem companhia ultimamente.

Outro dia, conversando com um amigo, acabei colocando pra fora minhas milhares de dúvidas sobre a profissão, sobre o comportamento, sobre a postura de seriedade, enfim sobre a nova etapa... sobre o advogado dentro de mim que está para chegar.

Após tal conversa me senti mais tranquilo, sabendo que a natureza e sobretudo Deus sempre darão um jeito, onde nada ficará sem uma história, tendo eu a responsabilidade de escrever a minha, colocando minhas ações, meus substantivos e, quando necessário, as vírgulas.

Ao final da conversa chegamos a conclusão que a amizade, luz que clareia a escuridão, sempre será ponto essencial na história de cada um.

"Grande parte da vitalidade de uma amizade reside no respeito pelas diferenças, não apenas em desfrutar das semelhanças"

[post dedicado: Eduardo Fragoso]